Sábado, 11 de Julho de 2009

Primeira Fanfiction do Blog - "Renascer" por Laúnn

Olá...

É com muito orgulho e prazer que vos apresento a PRIMEIRA fanfic do blog!

A fic está a ser escrita por Laúnn (nickname), tem 18 anos de idade e é viciado (a) em fanfictions... Começou a escrevê-la à quatro meses e desde então que não tem conseguido parar. Passo a citar a explicação que Laúnn me enviou juntamente com a fic: "Como vais poder ver no ficheiro, comecei a escrever a fic a partir do 15º capítulo do livro original "Lua Nova"... acontece que eu gostei muito de todos os capítulos anteriores, mas a partir do 15º quis tentar fazer algo diferente da Stephenie.". 

Bom, esperemos que gostem e não deixem de comentar, digam o que acharam da primeira fafic...

 

(A "Renascer" tem alguns excertos do "Lua Nova", que aparecem ou em itálico, ou entre aspas, para se perceber isso.)

 

 

Renascer

“Lua Nova”

Capítulo 15 - Pressão

 

“(…) Eu estava à espera que Jacob estivesse a aguardar por mim à porta, como sempre fazia quando a minha camioneta barulhenta anunciava a minha chegada. Quando ele não apareceu, eu imaginei que talvez ainda estivesse a dormir. Eu ia esperar – deixa-lo descansar o

quanto pudesse. Ele precisava do sono, e isso ia dar tempo para o dia

ficar um pouco mais quente. No entanto, Jake estava certo sobre o tempo - tinha mudado durante a noite.

Uma grossa camada de nuvens apertava-se na atmosfera agora, deixando-a quase abafada; estava quente e aconchegante por baixo

daquele cobertor cinza. Eu tinha deixado a minha camisola na camioneta.

Bati baixinho à porta.
- Entra, Bella! - disse Billy.
Ele estava na mesa da cozinha, a comer cereais crus.
- O Jake ainda está a dormir?

- Er, não - ele baixou a colher e as suas sobrancelhas franziram.

- O que aconteceu? - Eu quis saber. Eu podia dizer pela expressão dele que tinha acontecido alguma coisa.

- Embry, Jared e Paul cruzaram numa trilha fresca essa manhã. Sam e Jake foram ajudar. Sam estava esperançoso – a trilha ia em direcção às montanhas … Ele acha que o bando tem grandes hipóteses de acabar com isto.

- Oh, não, Billy… - eu murmurei - Oh, não!
Ele gargalhou, profundamente e baixo.

- Gostas assim tanto de La Push que queres permanecer presa aqui?

- Não faça piadas, Billy. A situação é demasiado assustadora para isso.

- Tens razão… - ele concordou, ainda complacente. Os seus olhos

anciãos eram impossíveis de ler. - Esta é difícil.
Eu mordi o meu lábio.

- Não é tão perigoso para eles quanto tu pensas que é. Sam sabe o

que está a fazer. É contigo mesma que te devias preocupar. A

vampira não quer lutar contra eles. Ela só está a tentar despistá-los...

para chegar a ti.

- Como é que Sam sabe o que está a fazer? - Eu quis saber,

pondo de lado a sua preocupação por mim - Eles só mataram um

vampiro - aquilo pode ter sido sorte!

- Nós levamos muito a sério o que fazemos, Bella. Nada foi esquecido. Tudo o que eles sabem foi passado de pai para filho por gerações.

Isso não me confortou da forma que ele provavelmente tencionava.

A memória de Victória, selvagem, parecendo uma gata, letal, estava

demasiado forte na minha cabeça. Se ela não conseguisse desviar-se dos lobos, ela, eventualmente, iria passar por cima deles.

Billy voltou para o seu pequeno-almoço; eu sentei-me no sofá e fiquei a passar os canais da TV à toa. Isso não durou muito tempo.

Comecei a sentir-me fechada na sala pequena, claustrofóbica,

chateada pelo facto de não conseguir ver nada através das
cortinas da janela.

- Eu vou estar na praia.- disse eu para Billy abruptamente, e corri para a porta.

Estar do lado de fora não me ajudou tanto quanto eu esperava. As

nuvens empurravam um peso invisível que não permitia que a

claustrofobia desaparecesse.

A floresta parecia estranhamente vazia enquanto eu caminhava na direcção da praia. Eu não via os animais - nada de pássaros, nada de esquilos. Eu também não ouvia os pássaros.

O silêncio era melancólico; não se ouvia nem o som do vento a bater nas árvores.

Eu sabia que isso era só uma reacção ao tempo, mas isso ainda me

deixou nervosa. A pressão pesada, quente da atmosfera era

perceptível até para os meus fracos sentidos humanos, e isso

significava mais qualquer coisa no departamento meteorológico. Uma olhada para o céu levou para longe as minhas suspeitas; as nuvens estavam a agitar-se, preguiçosamente, apesar do pouco vento que havia no chão. As nuvens mais próximas eram de uma cor cinza de fumo, mas, entre as aberturas, eu podia ver outra camada que era de uma horrível cor roxa. Os céus tinham horríveis planos para o dia de hoje. Os animais deviam estar a esconder-se. (…)”

 

Eu consegui finalmente chegar à praia, e senti-me aliviada mesmo sabendo que não havia nada a temer naquela floresta super-protegida, mas sim muito do que fugir daquela praia de areia clara e macia que se estendia à minha frente. Parecia estranho pensar isso, mas o cheiro, o murmurinho baixo das ondas a tocar nas rochas e o contacto da areia com os meus pés trouxeram-me à memória pedaços de um passado que (e mesmo que Ele tentasse fazer-me pensar o contrário) eu sabia que existira. Fora naquela mesma praia e naquelas rochas que Jacob me falara, pela primeira vez, dos Frios. A dor apareceu outra vez, como se tivesse sido ateada por fogo. A água escorregou dos meus olhos e eu só consegui dar dois passos antes de me deixar cair de joelhos. As lembranças…

Edward a olhar-me, no meu primeiro dia na escola, da sua mesa no refeitório… Edward a falar-me pela primeira vez depois de ter mostrado raiva por mim… Edward a dizer que não conseguia viver longe de mim…

Não, não, não! Eu não queria pensar nele… Eu não queria lembrar aqueles olhos cor do Sol e aqueles cabelos indomavelmente rebeldes e ruivos. Eu preferia sentir apenas dor e não saber o motivo. Ele tinha-me pedido para o esquecer e tinha-me feito prometer não cometer nenhuma loucura que pusesse em perigo a minha vida mortal… mas se eu continuasse a pensar nele, eu certamente quebraria a promessa.

Pensei em Alice, a suposta irmã de Edward…tão feliz, tão viva… uma amiga que eu nunca esqueceria e que Edward levara para longe de mim.

E sim, lá estava outra vez: Edward!
Edward, Edward, Edward!

Eu prendera o meu raciocínio tantas vezes quando este queria entoar o nome dele, que, agora ele se libertava e repetia-o imbativelmente.

O amor.. o amor que eu sentia por ele… aquele sentimento que me fazia querer gritar ali o que eu sentia… que me fazia querê-lo ali, comigo!

Viver custava demasiado, agora. Doía ter de acordar e não o ver no meu quarto, a baloiçar-se na velha cadeira de baloiço, ou sentir aquele odor – o mais perfeito odor do Mundo – quando estávamos juntos.

A voz que entoava a palavra “Amo-te” como sinos de uma catedral…

As lágrimas continuaram a cair e eu fixei o olhar nas ondas. Novamente ideias de suicídio flutuaram na minha mente.

Apetecia-me tanto ouvir a voz dele outra vez. Ergui-me, cambaleantemente, daquela posição, e caminhei, decidida, até à água.

 A minha mente, dorida e sofrida, criara uma forma de se proteger da saudade que a falta da voz dele me provocava. Sempre que eu estava a caminho do perigo, a minha consciência alertava-me tomando a voz de Edward. Isso acontecera quando eu experimentei andar pela primeira vez de mota e também quando “provoquei” alguns desconhecidos na noite em que sai com Jéssica; talvez esse meu método de protecção mental ainda estivesse activo apesar de já não me colocar em perigo há algum tempo.

Já estava à beira da água que se encontrava fria, gelada até. Isso recordou-me o toque da pele dele e os meus cabelos arrepiaram-se.

Tudo à minha volta parecia querer fazer com que eu nunca o esquecesse. Mas, mesmo que a água fosse quente e nada naquele lugar me ligasse a ele, eu nunca o esqueceria… Como é que alguém poderia querer esquecer os melhores momentos da sua vida? Não, ele estaria sempre na minha memória, acontecesse o que acontecesse. E eu ia forçar a minha mente a ouvir a voz dele novamente, entregando o meu corpo ao perigo daquelas águas irrequietas.

Ia a dar um outro passo quando o meu coração ressaltou no meu peito.

E se algo me acontecesse quando eu cometesse aquele acto de pura loucura, como é que Charlie ficaria?

Charlie, o meu pai… que sofrera ao ver-me sofrer e que era angustiado pelo facto de eu não ser feliz…

E Jake…

Eu suportava qualquer dor no Mundo, menos ver o Jake sofrer… Ele era, ultimamente, aquele que me mostrava que eu estava viva, aquele que ainda fazia o meu coração bater. Pensar em magoa-lo, doía demasiado.

Olhei para as águas mais uma vez e a tentação superou a dor.

Só um pouco… ia ouvir a voz dele só por um momento e, depois, nunca mais tentaria nada igual.

Avancei e fiquei com a água pela cintura. A areia a meus pés começava a fugir, tentando levar-me com ela para as profundezas. Mas eu não iria. Eu controlaria a areia e voltaria para La Push sã e salva.

Dei mais um passo e um suspiro raivoso gritou dentro da minha cabeça.

“Não, Bella!” a voz dele… melodiosa e ao mesmo tempo urgente “Volta para trás, por favor!”

Aquele grito trouxe-me uma nova coragem. Eu ia dar só mais um passo, só para ver até que ponto ele se mostraria aflito. Quando me movi, algo se começou a formar à minha frente, algo como uma miragem.

Sim, eu via-o, eu podia vê-lo!

Edward… o meu pensamento havia transposto todos os pormenores que eu tinha guardados na cabeça, formulando um Edward que, mesmo lindo e sobrenatural, deixava muito a desejar ao original.

Os seus cabelos ruivos e despenteados movimentavam-se com o vento em sopros súbitos e rápidos. A pele dele, ali ao Sol, brilhava como se nela tivessem sido incrustados milhares e milhares de pequenos diamantes… era um espectáculo ver como a luz, simples e fraca luz, conseguia fazer sobressair o brilho da sua pele magnífica. Os seus olhos cor de âmbar estavam grandes e penetrantemente cintilantes, como se duas estrelas tivessem caído dos Céus e aterrado neles.

Estava alto, tal como na realidade, e os seus longos braços estavam a ladear o corpo duro, forte e, apesar de não se notar muito, musculado. Os seus punhos estavam apertados e ele parecia conter-se ali na água, aflito com a minha atitude.

“Pára! Lembra-te do que me prometeste!”

Eu não liguei, como se tivesse hipnotizada… Eu queria ir ter com ele, ali, no meio da água agitada onde ele estava.

Quando dei outro passo, ele sobressaltou-se e a sua linda voz melodiosa feita do mais macio veludo esforçou-se noutro grito de pânico.

“BELLA!”

Eu não dei por ela… a onda apareceu não sei de onde, forte, inabalável, imbatível…

 

 

Continua...

publicado por Diana às 13:18

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De Priscila a 14 de Julho de 2009 às 00:30
Adorei as alteraçoes que foram feitas =) Quero a continuação !

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